Objetivo
Este estudo visa determinar, ou indicar, a causa - ou causas - mais prováveis que determinam o início de terremotos, notadamente os mais fortes.
Em verde : adições posteriores
Possibilidade 1 : A intensificação das atividades geomagnéticas promovidas pelas explosões solares é a causadora/dinamizadora do disparo de terremotos muito fortes.
Possibilidade excluída : Ver análises e comentários no final, após o 17º terremoto
Possibilidade 2 : A intensificação e inversão do CMI (campo magnético interplanetário), que supostamente expressa o magnetismo solar direto, é o causador/dinamizador do disparo de terremotos muito fortes.
Possibilidade confirmada !! : Ver análises e comentários no final, após o 17º terremoto
Possibilidade 3 : Uma conjugação dos fatores acima.
Em alguns poucos casos, pode ocorrer (ver 16º terremoto) e comentários no final
Possibilidade 4 : Nenhuma relação há entre as atividades solares, as variações do CMI e o disparo ou intensificação de terremotos prestes a ocorrerem.
Possibilidade excluída : Ver análises e comentários no final, após o 17º terremoto
Terminadas análises, comentários e conclusões no final das anotações !!
Terremoto 1, em 23/06/2001 - 20:33 - 8.4 - Peru
Não ocorreram atividades significativas no lado visível do sol que pudessem elevar os valores do vento solar, da densidade de prótons e provavelmente do índice Kp nos quinze dias anteriores.
Ver Spaceweather a partir do dia 08/06/2001
CMI 20/06 : 4.0 / 0.6 S // Vel. Ven. Sol. : 635
CMI 21/06 : Sem dados
CMI 22/06 : 7.2 / 0.7 S // " : 385
CMI 23/06 : 7.4 / 3.6 S // " : 470
TERREMOTO DIA 23, ACIMA - 8.4
CMI 24/06 : 5.2 / 4.1 S // " : 602
CMI 25/06 : 6.5 / 0.9 S // " : 451
CMI 26/06 : 5.6 / 4.7 S // " : 506
1 - As duas erupções nos dias 22 e 23 não alteraram significativamente os valores de avaliação das atividades solares, embora a coincidência do terremoto possa indicar alguma relação, caso sejam observados outros eventos similares. No entanto, as explosões podem ter ocasionado o terremoto no mesmo dia da elevação do CMI. Não há dados do Imsal neste referentes a este ano.
2 - Os valores relativamente altos da velocidade do vento solar indicam provável índice Kp mais elevado, pois não são resultantes de furo coronal transitando entre 25 a 75° de longitude de visualização (convenção desta pesquisa (equivalente a +25 + 75). Não encontramos índices Kp, Dst ou outros publicados, do ano 2001.
3 - O valor mais alto do CMI no dia do terremoto indica que um lóbulo magnético solar transitava entre 310 e 330° de visualização (à esquerda do sol), aproximadamente. Nesta longitude, ou próxima dela, é que a borda de ataque das linhas de força do campo magnético solar direto atingem a magnetosfera terrestre e provavelmente interfere diretamente nas linhas de força do magnetismo da terra a nível interior.
Primeira evidência de que o magnetismo solar direto é o elemento disparador de terremotos mais fortes, embora os valores do Campo Magnético Interplanetário medido atualmente por satélites refere-se ao magnetismo do plasma do vento solar e não diretamente das linhas de força provindas diretamente do sol. Pressupõe-se, na pesquisa, que os valores atuais do CMI acompanham as variações de intensidade e polarização das linhas de força do magnetismo solar geral.
4 - Além do CMI mais alto no dia 23, observa-se também uma sequência S desde o dia 19. Como o Spaceweather não exibe dados do dia 21, caso tenha sido N, a causa do terremoto seria a inversão ocorrida dois dias antes.
Terremoto 2, em 3/11/2002 - 22:12 - 7.9 - Alaska (USA)
Observações sobre os 15 dias anteriores ao terremoto : no dia 23, a densidade de prótons atingiu 11.1 e o CMI (IMF) total 10.7. Estes são sinais de possível tempestade geomagnética, pois nesta época o Spaceweather não exibia o Índice Kp.
Mesmo tendo ocorrido tempestade, não se pode fazer uma correlação direta com o terremoto, tendo este ocorrido em 3 de novembro, onze dias depois.
Em 24 de outubro o vento solar foi a 746.5 de velocidade. Da mesma forma, este evento não tem correlação direta com o terremoto analisado. Devem ter ocorrido auroras, pois o sentido do CMI foi Sul.
Novamente no dia 25 observa-se relativos altos valores de velocidade do vento e de CMI. No entando, esta não pode ser uma configuração que pudesse provocar um terremoto 9 dias depois. Em todos estes dias ocorreu apenas uma proeminência no dia 25, que não provocou EMC (CME) significativa nos próximos 3 dias. Em continuidade, os dias 26, 27, 28 e 29/out. revelaram, pelos relativos altos valores de veloc. do vento solar, densidade de prótons e CMI, um período de grande agitação nas atividades solares. Porém, este fato não pode ter relação direta com o terremoto ocorrido dias depois. Após uma interferência solar no disparo de um processo exponencial em terremotos potenciais, certamente pode ter um retardo de até dois dias na manifestação dos fenômenos (até a eclosão final do terremoto). O terremoto do dia 3 de nov. não tem relação direta (talvez indireta) com estas atividades, mesmo que fossem mais intensas.
CMI 30/10 :10.7 / 5.4 S // Ven Sol. : 441
CMI 31/10 : 6.5 / 3.8 S // " : 437
CMI 01/11 : 9.3 / 5.2 S // " : 435
CMI 02/11 :13.0 / 1.4 N // " : 423
CMI 03/11 : 9.5 / 7.3 S // " : 486
TERREMOTO DE 7.9 no dia 3, acima
CMI 04/11 : 11.3 / 3.5 S // " : 524
CMI 05/11 : 7.9 / 3.8 S // " : 554
1 - Não ocorreram atividades e valores significativos nos quatro dias que antecederam o terremoto, a não ser a sequência crescente dos valores do CMI.
2 - Note-se no dia 2, acima, uma elevação no valor do CMI e uma troca de sentido para N. No dia 3, o dia do terremoto, o CMI permanece relativamente alto e sofre uma inversão abrupta. Esta é a mais provável causa para o disparo do terremoto em estudo.
Terremoto 3, em 25/09/2003 - 19:50 - 8.3 - Japão
CMI 21/09 : 4.2 / 1.2 N // Vento : 557
CMI 22/09 : 5.0 / 2.6 N // Vento : 507
CMI 23/09 :10.4 / 8.5 S // Vento : 517
CMI 24/09 : 6.4 / 2.2 S // Vento : 630
CMI 25/09 : 5.0 / 0.2 S // Vento : 639
Terremoto 8.3 no dia 25 acima
CMI 26/09 : 3.9 / 2.8 S // Vento : 517
CMI 27/09 : 3.8 / 0.8 S // Vento : 417
1 - Os valores altos na velocidade do vento solar devem-se a dois buracos coronais que transitaram neste período no lado oeste do sol (à direita do orbe). Vamos observar nas próximas análises uma possível correlação da velocidade do vento solar com o disparo de terremotos mais fortes. (parece que não vai se confirmar)
2 - A ocorrência deste terremoto de 8.3 no Japão aparentemente não se relaciona com explosões/labaredas(flares) e nem com o aumento ou inversão do CMI.
3 - No entanto, há a provável explicação do retardo de dois dias para o disparo do terremoto , após a inversão e o aumento significativo no CMI do dia 23.
Terremoto 4, em 23/12/2004 - 14:59 - 8.1 - Ilha Macquarie
CMI em 19/12 : 3.3 / 0.7 N
CMI em 20/12 : 4.8 / 1.6 S
CMI em 21/12 : 8.9 / 4.9 S
CMI em 22/12 : 5.7 / 2.9 N
CMI em 23/12 : 5.1 / 3.6 N - Terremoto 8.1 (este que está sendo analisado)
CMI em 24/12 : 8.4 / 0.3 S
CMI em 25/12 : 9.2 / 2.4 N
CMI em 26/12 : 6.8 / 2.1 N - Terremoto de 9.1 (ver próximo)
1 - A omissão de outros dados foi proposital. Os valores na velocidade do vento solar e da ocorrência de explosões/labaredas (flares) foram insignificantes nos dias que antecederam o evento analisado.
2 - Mais uma vez um terremoto fortíssimo ocorre no segundo dia após elevação do CMI e um dia após inversão de polaridade do campo magnético interplanetário.
3 - Inusitadamente ocorre nova elevação e inversão em dia muito próximo - dia 25 - predispondo para novo fortíssimo terremoto : ver próximo.
4 - Os dias 18, 19, 20 e 21 apresentaram baixos valores do CMI e pequenas variações. Os dias 22 e 23 apresentaram elevação do CMI e inversões abruptas.
Terremoto 5, em 26/12/2004 - 00:58 - 9.1 - Sumatra
CMI em dias anteriores : ver anterior
CMI em 25/12 : 9.2 / 2.4 N
CMI em 26/12 : 6.8 / 2.1 N - Terremoto de 9.1
CMI em 27/12 : 6.8 / 2.9 S
CMI em 28/12 : 8.5 / 8.3 S
1 - Assim como o terremoto anterior, o dia e os precedentes não apresentaram outras atividades solares significativas. Uma proeminência a nordeste do sol ocorreu no dia 17, não podendo gerar qualquer interferência na terra, tanto pela posição solar, como por ter ocorrido 9 dias antes do terremoto.
2 - O valor do CMI no dia 25 novamente se eleva e transita para Norte. Um dia após ocorre o grande terremoto de Sumatra.
Terremoto 6, em 28/03/2005 - 16:09 - 8.6 - Indonésia
CMI em 24/03 : 13.1 / 3.4 N
CMI em 25/03 : 4.5 / 4.2 N
CMI em 26/03 : 5.2 / 2.4 N
CMI em 27/03 : 5.3 / 1.2 N
CMI em 28/03 : 3.6 / 3.2 N - Terremoto de 8.6
CMI dia 29/03 : 5.3 / 1.8 N
CMI dia 30/03 : 5.4 / 1.8 N
1 - Este terremoto diferenciou-se dos anteriores por manifestar-se em um dia de relativo/fraco CMI. Vamos enumerar as possíveis causas :
a - Os oito dias anteriores foram de CMI com prevalência Norte, muito provavelmente, pois o Spaceweather divulga a última medida do dia. Esta condição - mais que cinco dias apenas N ou S - favorece, também, a ocorrência de terremoto forte por "pressão" continuada em um só sentido.
b - Pode ter ocorrido no dia 27 ou 28 inversões abruptas e fortes para Sul, retornando para Norte. Infelizmente, o site do Imsal, não oferece o estado gráfico das atividades solares do ano 2005 (curiosamente, desde 2002, omitiu 2005). Lembrando que as medidas acima são retiradas do Spaceweather, não sendo estas totalmente confiáveis por não apresentarem as variações durante todo o dia.
c - As condições básicas que fizeram ocorrer este terremoto na Indonésia não necessariamente precisaram de um fator disparador (e isto pode ocorrer outras vezes). A contínua e persistente intensificação das condições básicas fizeram o terremoto ocorrer sem um fator extra-terrestre(?) de intensificação ou disparo.
d - Outra possível influência não estudada por esta pesquisa.
2 - No dia 29 e nos dias anteriores não ocorreram explosões ou tempestades apreciáveis. Um furo coronal transitou no extremo oeste do sol nos dias 25 a 29, provocando elevação da velocidade do vento solar e auroras. Estas fracas atividades não poderiam ter provocado o terremoto. Este fator não está presente na maioria das vezes.
Terremoto 7, em 03/05/2006 - 15:26 - 8.0 - Tonga
CMI em 29/04 : 4.2 / 2.5 N
CMI em 30/04 : 3.2 / 2.5 N
CMI em 01/05 : 3.5 / 3.0 N
CMI em 02/05 : 2.9 / 0.4 S
CMI em 03/05 : 8.2 / 4.5 N - Terremoto 8.0
CMI em 04/05 : 10.2 / 7.2 S
CMI em 05/05 : 3.8 / 1.1 N
CMI em 06/05 : 7.3 / 6.3 S
1 - Não ocorreu nenhuma explosão no lado visível do sol que pudesse expulsar EMC significativa nos últimos quinze dias.
2 - Nota-se mais uma vez uma sequência N de 5 dias(desde 27/04), de baixos valores do CMI, seguida de uma inversão para S no dia 2 e o terremoto no dia 3.
3 - O terremoto ocorreu no primeiro dia de elevação no valor total do CMI.
Terremoto 8, em 15/11/2006 - 11:14 - 8.3 - Ilhas Curilas
CMI em 11/11 : 3.9 / 1.1 S
CMI em 12/11 : 2.6 / 0.2 S
CMI em 13/11 : 3.1 / 1.3 N
CMI em 14/11 : 3.6 / 1.9 N
CMI em 15/11 : 6.8 / 5.6 S - Terremoto 8.3
CMI em 16/11 : 5.6 / 0.0 nT
CMI em 17/11 : 4.7 / 1.6 N
1 - Uma explosão disparou EMC para outros planetas, provavelmente, pois aconteceu do lado do limbo, a leste do sol (à esquerda do orbe) no dia 6 ou 7. Nenhum aumento nos valores do vento solar, do CMI, do índice Dst foi observado. Além disso, mesmo se esta explosão fosse frontal à terra, porém uma semana antes do terremoto, não há como relacionar.
2 - O terremoto ocorreu no primeiro dia de uma série a seguir de elevação nas medidas do CMI e em dia de inversão abrupta do seu sentido.
Terremoto 9, em 13/01/2007 - 04:23 - 8.1 - Ilhas Curilas
CMI em 09/01 : 2.2 / 1.8 S
CMI em 10/01 : 5.4 / 1.9 N
CMI em 11/01 : 5.5 / 5.0 S
CMI em 12/01 : 5.1 / 0.2 S
CMI em 13/01 : 5.1 / 0.2 S - Terremoto 8.1
CMI em 14/01 : 5.1 / 0.2 S
CMI em 15/01 : 9.1 / 1.5 N
1 - Nenhuma atividade significativa observada nos 13 dias anteriores ao terremoto.
2 - Os três dias anteriores foram de CMI médio e com acentuadas variações de sentido, conforme dados registrados graficamente no site do Imsal
Terremoto 10, em 01/04/2007 - 20:39 - 8.1 - Ilhas Salomão
CMI em 28/03 : 1.5 / 0.8 S
CMI em 29/03 : 5.9 / 1.2 N
CMI em 30/03 : 4.1 / 1.5 N
CMI em 31/03 : 7.8 / 1.3 S
CMI em 01/04 : 8.2 / 7.3 S - Terremoto 8.1
CMI em 02/04 : 4.8 / 1.9 S
CMI em 03/04 : 3.7 / 0.5 S
1 - Apenas uma proeminência citada pelo Spaceweather no dia 27/03 ocorrida no limbo solar, sem condições de alterar significativamente medidas influenciáveis nos terremotos.
2 - Terremoto em dia de mais forte CMI.
Terremoto 11, em 15/08/2007 - 23:40 - 8.0 - Peru
CMI em 11/08 : 3.3 / 0.4 N
CMI em 12/08 : 2.8 / 0.5 S
CMI em 13/08 : 2.8 / 0.8 S
CMI em 14/08 : 5.7 / 0.3 S
CMI em 15/08 : 3.6 / 0.9 N - Terremoto 8.0
CMI em 16/08 : 3.7 / 0.6 S
CMI em 17/08 : 4.6 / 3.5 N
1 - No dia do terremoto uma proeminência expeliu gases no lado nordeste do sol, à esquerda do orbe. Não há relação direta com o terremoto, pois seus efeitos não foram dirigidos para a terra. No entanto, uma possibilidade se abre : as explosões e proeminências solares podem ser uma das consequências de agitações magnéticas e convectivas em camadas mais profundas do sol e poderiam coincidir (ou serem evidências) com a elevação e o comportamento anomalo do magnetismo geral do sol. Pesquisas devem ser feitas para testar esta possibilidade, pois, logicamente, nem todas as erupções e proeminências são acompanhadas de terremotos mais fortes.
2 - Mais uma vez este terremoto ocorre em dia de mais forte CMI. O CMI total médio foi maior que 3.6 no dia 15, tendo variando a componente Bz entre -6 e +6 (S e N)
Terremoto 12, em 12/09/2007 - 11:10 - 8.5 - Indonésia
e 12/09/2007 - 23:49 - 7.9 - Indonésia
CMI em 08/09 : 3.2 / 1.0 N
CMI em 09/09 : 2.6 / 0.5 N
CMI em 10/09 : 2.7 / 0.6 N
CMI em 11/09 : 5.1 / 1.0 S
CMI em 12/09 : 1.1 / 1.1 S - Terremotos 8.5 e 7.9
CMI em 13/09 : 4.9 / 3.3 N
CMI em 14/09 : 13.5 / 6.7 N
1 - Dois terremotos muito fortes logo após o primeiro dia de uma série de dias de elevação do CMI. Não foi possível acessar dados do Imsal, mas as oscilações N e S devem ter sido marcantes.
2 - Quanto a atividades solares, apenas uma proeminência a nordeste do sol no dia 8, sem qualquer consequência no dia 12.
Terremoto 13, em 12/05/2008 - 06:28 - 7.9 - China
CMI em 08/05 : 3.4 / 0.8 S
CMI em 09/05 : 1.8 / 1.2 N
CMI em 10/05 : 0.2 / 0.0 nT
CMI em 11/05 : 2.8 / 2.0 N
CMI em 12/05 : 2.6 / 0.7 N - Terremoto 7.9
CMI em 13/05 : 6.1 / 2.0 N
CMI em 14/05 : 3.2 / 0.5 N
1 - Os dias 10 e 11 foram grifados em vermelho porque, segundo o gráfico do Imsa,l foram dias de elevação do CMI, tendo atingido valores médios de 4.5 tanto o CMI total, como Bz N e S. Esta defasagem de informações é devido ao site do Spaceweather que registra apenas a última medida do dia. No dia 12, de valores reais próximos dos anotados acima, foi um dia após o aumento do CMI dos dois dias anteriores. No entanto, este evento vai ser computado, no final do estudo, como medianamente relacionado ao campo magnético solar geral.
2 - No dia 12 ocorreu uma proeminência, porém no limbo leste do sol (na borda escura à esquerda do orbe solar). Nenhuma consequência poderia atingir a terra (esta atividade não foi geoefetiva).
Terremoto 14, em 29/09/2009 - 17:48 - 8.1 - Samoa
CMI em 25/09 : 3.3 / 0.7 S
CMI em 26/09 : 7.5 / 4.0 N
CMI em 27/09 : 2.4 / 0.5 S
CMI em 28/09 : 4.0 / 3.2 N
CMI em 29/09 : 1.4 / 1.0 N - Terremoto 8.1
CMI em 30/09 : 5.0 / 1.6 S
CMI em 01/04 : 3.1 / 2.8 S
1 - Este terremoto ocorreu logo após uma sequência de dias de CMI mais elevado que o normal. O dia 27 teve, cof. gráfico do Imsal, valores médios maiores em relação ao registrado acima, com variações até 9 Btotal e entre +8 e -8Bz. O dia que antecedeu o terremoto também apresentou variações até Btotal 8 e entre -5 e +5Bz
2 - Quanto a EMC (ejeção de massa coronal), ocorreu uma muito fraca, relacionada a uma explosão C1 no dia 25, que poderia interferir em algum fenêmeno aqui na terra. Porém, as interferências foram insignificantes.
Terremoto 15, em 27//02/2010 - 08:34 - 8.8 - Chile
CMI em 23/02 : 5.0 / 0.7 S
CMI em 24/02 : 3.6 / 0.5 S
CMI em 25/02 : 5.1 / 1.5 S
CMI em 26/02 : 3.5 / 2.3 N
CMI em 27/02 : 2.8 / 2.5 N - Terremoto 8.8
CMI em 28/02 : 3.7 / 1.3 N
CMI em 01/03 : 3.8 / 0.7 N
1 - Mais um terremoto de forte intensidade 1 dia após transições abruptas no sentido do campo magnético interplanetário ocorridas nos dias 25 e 26 ( no final do dia 25 e primeiras horas do dia 26, segundo dados em gráfico do Imsal. )
2 - O valor total do CMI nestes dias não foi elevado, em média, mas algumas transições Bz foram muito rápidas de N para S ou vice-versa (menor que 1 hora).
3 - A única atividade solar ocorrida nos dias anteriores foi um filamento que explodiu no dia 25, não ocasionando nenhuma interferência significativa na terra e seu campo magnético. O filamento encontrava-se em alta latitude sul.
Terremoto 16, em 11/03/2011 - 05:46 - 9.0 - Japão
CMI em 07/03 : 4.7 / 4.2 S
CMI em 08/03 : 4.7 / 3.9 S
CMI em 09/03 : 5.6 / 4.4 S
CMI em 10/03 : 8.5 / 7.7 S
CMI em 11/03 : 12.2 / 1.3 S - Terremoto 9.0
CMI em 12/03 : 3.2 / 0.6 N
CMI em 13/03 : 6.3 / 0.4 S
1 - Este fortíssimo terremoto ocorreu em dias de intensa atividade solar. Nos dias precedentes e alguns posteriores, várias explosões de classe C e M ocorreram. Das explosões, a mais forte foi dia 9, classe X1, atingindo a terra no dia do terremoto, 11. A EMC provocou uma tempestade geomagnética de índice Kp 6 e negativou o índice Dst em -75 exatamente às 05:46, o momento do terremoto !!
2 - Este evento indica que as explosões solares podem, caso outras condições estiverem presentes, disparar terremotos muito fortes, porém isto ocorre porque as partículas intensificadas magneticamente, do vento solar, aumentam também o valor do campo magnético interplanetário, principalmente quando encontram a terra em dia que coincide com um esperado aumento do CMI - neste caso, mesmo se não houvesse explosão e EMC, o CMI total seria de valor além de 4.0, pois a mancha solar 1160, a 27 dias anteriores, habilitava um lóbulo magnético solar a 315°, aproximadamente, de longitude de visualização (convenção desta pesquisa : à esquerda do orbe solar, lado leste)
3 - Se não for coincidência, temos aqui uma ação conjunta, onde uma explosão - e consequente EMC - e um lóbulo magnético solar criaram condições de um forte fator de disparo de terremoto. Logicamente, também coincidiram causas geológicas predisponentes a terremoto de alta intensidade. De fato, os três dias que antecederam o aumento do CMI no dia 10 (dias 7, 8 e 9) apresentaram valores baixos e relativa estabilidade em suas variações. Isto concorreu para a acumulação de condições básicas para sismos. No dia 10, o CMI médio elevou-se e apresentou algumas variações N e S. Notam-se variações abruptas no dia 6, porém (talvez) um pouco distante para se cogitar um retardo na manifestação do terremoto (5 dias após). Os dias 10 e 11 apresentaram oscilações na componente Bz de -12nT a +15nT e valor médio Btotal de 10nT.
Terremoto 17, em 11/04/2012 - 08:38 - 8.6 - Sumatra
17a " 11/04/2012 - 10:43 - 8.3 - Sumatra
CMI em 07/04 : 4.6 / 1.8 S
CMI em 08/04 : 2.8 / 0.3 N
CMI em 09/04 : 6.8 / 2.9 S
CMI em 10/04 : 2.6 / 0.8 S
CMI em 11/04 : 6.1 / 5.7 N - Terremotos 8.6 e 8.3
CMI em 12/04 : 12.2 / 5.1 S
CMI em 13/04 : 3.4 / 0.2 S
1 - Nos dias anteriores e no dia 11, apenas um filamento apresentou explosões fracas, tendo uma delas provocado pré-tempestade magnética de índice Kp 4 nos dias 6 e 13. Também uma explosão no lado escuro do sol ocorreu no dia 15, 4 dias depois do terremoto.
2 - Estes dois terremotos gêmeos manifestaram-se no primeiro dia de elevação do CMI. De forma similar ao terremoto anterior, os três dias que precederam o dia 11 apresentaram baixo CMI e pequenas variações de sentido do campo magnético interplanetário. No dia 11 o CMI apresentou variações abruptas exatamente nos horários dos terremotos, inclusive do valor Btotal !! Neste caso, não ocorreram processos de retardo.
Luiz A. V. Spinola, janeiro/2013
Análises e comentários (adicionados em 5 de fevereiro/2013)
Dos 17 terremotos estudados :
1 - Onze ocorreram em dias de CMI (campo magnético interplanetário) alto (acima de 4.0nT - nano tesla).
Cinco em dias de CMI baixo, porém 1 ou 2 dias após sequência de CMIs altos.
Um em dia de CMI baixo (ver terremoto 6), mesmo assim no centro de outros CMIs (dois dias antes e dois dias após) altos. Como não há dados disponíveis no site da Imsal, este terremoto foi contabilizado como tendo ocorrido em dia de CMI baixo.
2 - Nove terremotos ocorreram em dias de média ou alta atividade solar no que se refere a erupções e ejeções de massa coronal, porém sem consequências geoefetivas (a não ser o 16º terremoto). Estas atividades não aumentaram os índices Kp ou Dst no dia, ou em 4 dias anteriores à ocorrência dos terremotos. Esta constatação exclui a possibilidade das Erupções Solares, CMEs e Tempestades Geomagnéticas serem as causas do disparo da maioria dos terremotos muito fortes. Estes eventos podem ser considerados como correlações indiretas, ou seja, podem ser evidências, sob o ponto de vista global das atividades solares, quando se formam configurações magnéticas mais propícias para a ocorrência de terremotos muito fortes, como uma tendência a um aumento médio do CMI em dias de transição de lóbulo solar, sequência de dias de muito baixo CMI e maior número de inversões abruptas.
3 - Um terremoto (16º) ocorreu na hora exata quando o índice Dst foi a -75, devido à CME geoefetiva lançada dois dias antes por uma explosão X1 (ver terremoto 16º, acima). Este único evento sugere que alterações significativas na corrente de anel (índice Dst negativado acima de 30) podem, também, disparar terremotos muito fortes. Faremos outra pesquisa para tentar esclarecer esta possibilidade, mas, se confirmada, somar-se-á às causas externas de disparo de terremotos um fator de baixa incidência. Embora ocorra poucas vezes (explosão com CME geoefetiva) - se confirmado - , a sua previsão de 1 a 4 dias seria mais exata.
4 - Mais de 95% dos terremotos de alta intensidade estudados confirmaram que são disparados pelo aumento do CMI, tanto pela elevação de sua componente B Total, como pela elevação no valor da componente Bz. Ainda é necessário confirmar, mas parece que a maioria dos dias de CMI elevados que provocaram terremotos apresentaram variações abruptas Norte e Sul da componente Bz do campo magnético interplanetário. Algumas sequências de mais de quatro dias de baixos valores do CMI, seguidos de maior valor com inversões abruptas, predispõem a ocorrência de terremotos mais fortes por deixarem acumular condições básicas geológicas para terremotos.
Fantástico !!
5 - Ocorrem alterações no campo magnético solar direto, pressuposto por esta pesquisa como expresso nos valores do CMI, para mais ou para menos 4nT, em grupos de dias que se alternam entre 2 a 7 dias. Também as variações abruptas (mudança de sentido N e S em menos de 1 hora), de valores maiores que 4nT, ocorrem constantemente. Isto, logicamente, significa que nem todos os grupos de dias de maior CMI e de maior número de variações promovem o início de fenômenos exponenciais em placas tectônicas prestes a desencadearem terremotos mais fortes.
6 - Várias outras pesquisas são suscitadas. Uma delas é determinar se as mesmas causas confirmadas acima também são fatores de disparo que aumentam os terremotos leves, moderados e fortes (ou por faixas da escala Richter). É muito provável que as mesmas causas também determinem o disparo de terremotos entre 5.0 e 7.9. ( Em "Previsões para Fevereiro/2013 está sendo feito um estudo inicial de terremotos acima de 5.0 em PREVISÃO DO TEMPO ´PARA SÃO CARLOS )
7 - O resultado positivo deste estudo também comprova, mais uma vez, a interferência do magnetismo solar direto em fenômenos terrestres (e em outros planetas). Também comprova a existência de lóbulos solares que varrem a magnetosfera e causam uma interação direta nas linhas de força do campo magnético terrestre quando transitam(os lóbulos) entre 310 a 330 graus de longitude de visualização heliográfica (convenção desta pesquisa : equivalente a -40 e -30 da longitude convencional)
8 - As implicações práticas deste estudo são extensas. A mais evidente é a criação de um sistema de previsão e alerta para grupos de dias mais prováveis à ocorrência de terremotos mais fortes nos países afetados por estes fenômenos. Equipes de prevenção e socorro, e a própria população, podem programar dias nos quais o grau de atenção e alerta deve aumentar ou ser máximo. Este tipo de previsão, ou seja, a previsão de "quando" devem ocorrer os terremotos mais fortes, logicamente deve estar conjugada à previsão de "onde" irão acontecer. Por outro lado, as previsões de "quando" e "onde", podem ser aperfeiçoadas - inclusive pela integração de métodos diferentes de previsão - para aumentarem o seu grau de confiabilidade e acerto na detecção antecipada local e hábil dos abalos sísmicos mais intensos.
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